Empreendedorismo feminino: qual a sua importância na sociedade atual?

 

É pauta frequente falar sobre as mulheres e seus papéis ocupados na sociedade atual - seja no mercado de trabalho ou na própria casa. Junto a isso, vem um sentimento de representatividade, de poder e autonomia frente às próprias decisões. Esses valores são incentivados e vividos no cotidiano da Ustē Cosméticos.

Exemplo disso, é meu papel como sua fundadora, uma vez que tenho papel ativo nesse contexto da mulher como empreendedora. Atuo como CEO na Ustē Cosméticos, empreendimento que tem como foco cosméticos multifuncionais veganos. Ou seja, tratam-se de produtos relacionados a assuntos que devem ser cada vez mais debatidos, socialmente falando: sustentabilidade, inovação no mercado e empatia diante de outras realidades.

Empreendedorismo feminino e seu protagonismo

“Num país como o Brasil, onde cerca de 51,1% de sua população é composta por mulheres, sendo que 24 milhões de brasileiras estão à frente de seus negócios, não podemos deixar de falar da relevância e do protagonismo do empreendedorismo feminino. Com esse olhar voltado para esse universo tão mágico, forte e envolvente, entendi que eu poderia contribuir na vida dessas mulheres de forma positiva. Desenvolver uma solução para uma vida mais leve, descomplicada, com beleza e autocuidado: dessa forma nasceu a Ustē, uma marca de cosméticos vegana multifuncional que vem com o propósito valorizar a beleza de cada um em rotinas possíveis.

Para mim como empreendedora, falar sobre empreendedorismo feminino é considerar diferentes realidades, num país com mais de 8,5 milhões de km² e uma população de 214 milhões de habitantes. É fato: são realidades muito distintas neste gigante Brasil. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do ano passado, a população feminina do Brasil corresponde a cerca de 51,1%, diante do total. O que quer dizer, em números: são quase 5 milhões de mulheres a mais do que homens.

A partir disso, é perfeitamente natural que vejamos o protagonismo feminino nos negócios, tanto no ramo público quanto no privado, além de estar à frente de muitos lares brasileiros. Assim, nada mais justo, dia 19 de novembro ser comemorado o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino. Essa é a data escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para incentivar e valorizar mulheres empreendedoras, para que esse posicionamento na sociedade seja estimulado cada dia mais.

O empreendedorismo feminino precisa ser abordado: mais dados sobre

Conforme pesquisa realizada pelo Global Entrepreneurship Monitor (GEM), já em 2018, o Brasil ficou como o sétimo país colocado no ranking de mulheres empreendedoras no mundo. A pesquisa foi aplicada em 49 nações e publicada pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

Mas os números não param por aí: outra pesquisa, esta divulgada pela Nielsen, líder global em insights de audiência, dados e análises, e em parceria com a Opinion Box, empresa especializada em pesquisas de mercado online, comenta que as mulheres têm maior representatividade e decisão de compra na internet. Elas lideram com 90% em consultas online diárias, enquanto a taxa masculina é de apenas 83%. Esse dado é relevante, se considerado o mercado digital e globalizado vivido nos dias de hoje.

Por outro lado, as eleições políticas são um ponto a ser analisado mais de perto no que diz respeito ao papel ocupado pelas mulheres. Nas eleições deste ano, a desigualdade foi um fato, sendo que apenas duas mulheres (diante de muitas candidatas) foram eleitas como governadoras.

Segundo a Câmara dos Deputados, apesar do crescimento de 18%, a participação feminina no Legislativo Federal ainda não é plausível. Em comparação à 2018, o aumento de mais de 50% da bancada feminina em relação à 2014, representou 15% do total das 513 vagas. Nas eleições de 2022, esse percentual passou a 17,7%, ou seja, apenas 2,7% a mais.

                          

A mulher empreendedora

Afinal, a prática da mulher no cenário empreendedor se torna cada vez mais importante e percebida no mercado de trabalho. Apesar de haver desafios ainda, a mulher tomou consciência da sua responsabilidade, do seu dever, e percebe dia após dia, um vasto universo de possibilidades que antes não se fazia presente.

Com isso o mercado de negócios se beneficia diante de algumas características singulares das mulheres como:

• Empatia;

• Organização;

• Senso de urgência;

• Resiliência;

• Interesse;

• Competência.

De encontro a esses ideais: por que Ustē Cosméticos?

Para mim, como mulher, mãe empreendedora pensar em soluções que atendam à demanda feminina é uma maneira de fazer algo por elas, por mim e por todas as pessoas que entendem que o caminho do autocuidado, do zelo e da praticidade, são capazes de transformar realidades e vidas em si”, comenta.

Atualmente, 90% da equipe é composta por mulheres. Estas, estão em prol de algo maior. “É muito gratificante observar esse time de mulheres que são tão diferentes em alguns aspectos, mas que ao mesmo tempo, somam, brilham, cada uma na sua área. O propósito vira um só. Esse cuidado que cada mulher tem, aparece nas nossas fórmulas, nas nossas embalagens, ou simplesmente no nosso ‘Bom dia’ no WhatsApp, que apesar de ser um ato simples, pode transformar o dia de alguém. Também há aquela alegria típica feminina, e que faz a diferença, uma vez que o consumidor sente essa energia logo ao entrar em contato com a marca - seja em um recebido, no produto em si ou até mesmo ao abrir uma caixa da Ustē.

Desejo que nós mulheres possamos seguir firmes e fortes, construindo nosso caminho, sem precisar provar nada a ninguém. E, principalmente, ocupando os espaços e as posições que merecemos por direito.